13/11/2019 11h56 - Atualizado em 19/11/2019 14h48

Desconfie se você acordar num belo dia e tudo ao seu redor fluir conforme o seu desejo. Pede para alguém te beliscar, pois possivelmente você mudou de dimensão e não está sabendo. O nosso departamento de desejo, geralmente, vive em ilusão. A frustração ocorre quando se tenta impor uma ilusão sobre a realidade. Em um dia normal, a probabilidade de você encontrar uma pessoa difícil é grande.

Quem são as pessoas difíceis? São aquelas que apontam seus defeitos em público; que você não se sente bem ao lado delas; que são mal educadas; que geram constrangimentos; que te desprezam.

Mas, como tudo tem os dois lados ou melhor nada existe isolado, sempre uma coisa existe em relação a outra. Observe: onde existe o fechado existe o aberto; onde existe sombra existe luz; onde há tristeza há alegria.

As pessoas difíceis cumprem um papel muito importante em nossas vidas. Elas treinam o nosso coração. São através de experiências propiciadas por elas que ocorrem avanços no desenvolvimento do sentimento do amor.

As pessoas que não são fáceis contribuem em muito para reduzirmos o orgulho e o egoísmo, que são grandes obstáculos para manifestação do amor pleno. É sabido que o bem verdadeiro, geralmente, não se encontra no fácil.

 Além do mais, tem-se que considerar que o coração libera campos elétricos e magnéticos muito mais intensos que o do cérebro. E tudo que temos ao redor é constituído de campos elétricos e magnéticos.

Em outras palavras, é através desses campos que criamos realidades ou, melhor dizendo, criamos futuro.

Infelizmente, com raras exceções, família e escola não nos prepara com sabedoria para lidar com pessoas complexas.

Considerando que Jesus pregou para nós amarmos o próximo incondicionalmente e não destacou para desejarmos ser amados, estudar em profundidade o Cristianismo é recomendável para tirarmos o máximo proveito das convivências difíceis. Estar na vida é estar, o tempo todo, em uma Escola, um Hospital e uma Prisão, levando em conta que estamos aprendendo, se curando (eliminando defeitos) e se libertando (considerando nossas prisões mentais).

Em face disso, o ideal não é perguntar “por quê” isso ocorre, mas questionar “para quê”. Por isso, temos de agradecer as pessoas complicadas que encontramos no dia a dia.

Acredito que poucas coisas na vida são mais honestas e sábias que o esforço em compreender as pessoas difíceis. Onde tem compreensão, não tem ofensa. E se não tem ofensa, não há necessidade de perdoar. Assim o amor predomina.

Não basta pensar grande, temos que sentir grande. Essa é a necessidade maior nesse período de vanguardismos.

Sempre é bom lembrar que é você quem cria suas experiências e não ao contrário. E, enquanto não aprendermos as lições escondidas nessas vivências difíceis, elas vão continuar a ter poder sobre nós.