28/03/2024 18h25 - Atualizado em 28/03/2024 18h25

O cientista norte-americano Benjamin Franklin disse: “O contentamento faz o pobre ficar rico; o descontentamento faz o rico ficar pobre”. Já Charles Chaplin, comediante e cineasta britânico, por sua vez, disse: “Um dia sem sorrir é um dia desperdiçado”. A primeira pisada na areia da praia, passar manteiga no pão ainda quentinho, fazer um bebê rir, e virar o travesseiro e levar a cabeça no lado mais geladinho são exemplos de pequenas felicidades. Quando você relaciona por escrito os seus pequenos momentos felizes, além de contribuir para o seu autoconhecimento, você descobre que não precisa de muito para ser feliz. 
Experimenta, em local isolado, fechar os olhos e apenas observar a sua respiração, durante um breve espaço de tempo, e depois de se situar plenamente consigo mesmo, faça, por alguns minutos, várias vezes a pergunta: “O que te faz sorrir?”. Na sequência, abra os olhos e anote as suas reduzidas injeções de alegria que surgiram nas lembranças.
Provavelmente, você perceberá que a maioria das suas curtas felicidades não envolve dinheiro.
Com o maior respeito, a maior parte das pessoas gasta muita energia para conseguir grandes felicidades, tais como posse, sucesso, luxo, status, etc.
Nessa labuta não valorizam as pequenas bênçãos que a vida propicia, e que juntando todas elas resulta numa grandiosa felicidade. Se você ficar atento surge, diariamente, no mínimo, uma pequena felicidade. Se você aproveitá-las, no final de dez anos serão aproximadamente três mil seiscentos e cinquenta breves felicidades.
Segundo um amigo bem realizado em seus sonhos comentou que: “dependendo da gigantesca felicidade, geralmente, ela oferece um momento de júbilo, e depois, numa fração de tempo, gera um sentimento de vazio, principalmente se você é o único beneficiário”. Questionei junto a ele se houve compensação nessa batalha? Segundo ele: “não, gastei muito tempo, perdi saúde física, afastei-me de familiares e amigos. Afirmo categoricamente que estive em ilusão. Deixei-me levar pelos padrões sociais, que sobrepujaram a minha essência de ser”. E, complementou: “no meu caso essa grande felicidade foi uma espécie de prisão”. Essa conversa me levou a refletir sobre a minha vida: “Quanto tempo passei ou estou passando sem ser o meu Eu verdadeiro?”.
Refleti que esse amigo esforçado deixou muitas felicidades para trás, em sua casa.  Nas influências sutis da vida somos estimulados a se concentrar muito no que falta e não agradecer o que possuímos.
Fica aqui uma sugestão: a educação deveria combinar a informação intelectual com lições de coragem de ordem moral, tais como correr riscos de se posicionar, de ser desaprovado, de cair no ridículo, de não ter a devida atenção. Em resumo: coragem de ser livre. Viva a Vida. 


(Davison de Lucas)