09/06/2016 17h28 - Atualizado em 09/06/2016 17h41

Gandhi, líder pacifista indiano, 1869 a 1948, dizia:
“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras; mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se atitudes; mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos; mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores; mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.”
Nessa linha de raciocínio, por sua vez, Buda (563 a.C. a 483 a.C.), filósofo, professor e líder espiritual no Himalaia, deixou a seguinte mensagem:
“A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria;
O que você sente, você atrai;
O que você acredita, torna-se realidade”.
Ambos deixaram o seu recado sobre a importância da gestão da energia mental, que é constituída de três ingredientes: pensamento, sentimento e vontade. Trata-se de um dos grandes poderes que todo ser humano tem gratuitamente. E, talvez por ser gratuito, não é valorizado. O capitalismo, no seu ímpeto de precificar tudo, contribui para que percamos a noção da importância dessa riqueza que possuímos.
As religiões do bem acertam quando afirmam a importância do  vigiar os pensamentos e sentimentos, uma vez que é por aí que as tentações penetram e influenciam o indivíduo.
Mas, pouquíssimas instituições religiosas explicam bem o “como” vigiar.
A primeira etapa do “vigiar” é o autoquestionamento, que por sua vez também é o primeiro passo da Gestão da Energia Mental. Mas aí surge um outro problema. A grande maioria das pessoas não foi educada para perguntar. São poucas as escolas que ensinam a perguntar. Que me lembro não fiz prova escolar alguma onde as respostas viessem prontas e tivesse de elaborar perguntas. Todas foram para responder. Por outro lado, algumas religiões não permitem determinadas perguntas. Por sua vez, aqui no Brasil, a ditadura militar não permitiu determinados questionamentos. Em resumo, fomos preparados para responder. Somos respondedores. Na dúvida, meça quantas perguntas versus respostas você faz diariamente.
Sempre é bom lembrar o filósofo grego Sócrates, 469 a.C. a 399 a.C., extremamente visionário, que foi acusado de corromper os jovens com a sua filosofia, que trazia nas entrelinhas a arte de perguntar, mas devido a isso, entre outros motivos, foi obrigado a tomar veneno.
Com isso surge aí uma pergunta: Se não fomos educados para perguntar, como é que conseguiremos fazer o autoquestionamento?
O ideal seria realizar constantemente perguntas do tipo: Esse pensamento tem lógica? Quais são os riscos de escolher isso? Quais são as probabilidades disso ocorrer? Quais serão as conseqüências dessa escolha? Esse pensamento é útil? Estou infringindo alguma regra?
Temos de considerar que por não estarmos em constante auto-observação, geralmente distorcemos a realidade, geramos ilusões e consequentemente expectativas frustradas.
As escolhas que fazemos em pensamentos, palavras e ações inevitavelmente retornam para nós com as mesmas características. Isto é lei da Natureza.
Os orientais sugerem concentrar-se no que há de positivo em sua vida, pois aquilo em que você se concentra multiplica-se.
Portanto, viva a positividade.
Os próximos passos da Gestão da Energia Mental são o autoconhecimento, a autovisão, a autoestratégia, o autodomínio, o autocontrole e a autotransformação, que veremos nas próximas colunas “Melhoria Contínua”.