15/10/2018 16h10 - Atualizado em 15/10/2018 16h10

Inconstânciaintranquilidadeincerteza e insegurança são algumas das palavras que retratam os dias atuais.  Sem sombra de dúvida, estamos em plena transição para um mundo melhor. Por que tanta segurança nesse meu posicionamento? Porque sei que depois da tempestade vem a bonança. Isso é da Natureza. Mas, a pergunta que não quer calar é: onde deve estar à estabilidade agora? Eu acredito que uma das alternativas é em nosso interior. É ali que devemos procurar o equilíbrio. Sem um porto seguro temos dificuldade para decifrar o fluxo acelerado de realidades do mundo externo. Sei que nós somos corrompidos por muitas ilusões criadas pela comunidade. Uma delas, por exemplo, é a tal da prosperidade material, que é necessária, mas reservamos muito tempo de nossa vida nessa busca, colocando em segundo plano, geralmente, o desenvolvimento espiritual, que tem a ver com o nosso interior. Essa priorização desequilibrada gera muita instabilidade no ser humano. Sempre me pergunto: Deve haver algo mais na vida do que isso que percebo e busco? Deve haver um mundo que não seja relativo (que depende de certas condições) como o nosso em que vivemos, no qual precisamos de corrupção para melhorar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como precisamos perder um ente querido para valorizá-lo.  Também nessa linha de raciocínio, uma das principais riquezas da vida é possuir contentamento. Boa parte das pessoas só consegue esse estado de espírito através de bebida alcoólica, portanto de forma artificial. Quando passa o efeito da bebedeira, vem o descontentamento artificial. São pessoas descontínuas, pois estão imersas em um mundo relativo. Estar assim é como estar em um túnel escuro, sem visão do final do mesmo. A pessoa caminha, ora bate na lateral esquerda, ora bate no lado direito.  Alguns param temporariamente. Outros, na pressa de encontrar a saída, dão saltos incertos no escuro. Machucam-se agressivamente.  Até que depois de muitas experiências, o indivíduo aprende a seguir o caminho do meio e enxergar a luz no final do túnel. A partir daí, coloca-se um pé no mundo absoluto (que não depende de referências). Trata-se do mundo da continuidade, onde o equilíbrio está sempre presente. Mas, existe ferramenta que possibilita acelerar a saída da fase de descontinuidade? Sim, é a Melhoria Contínua, metodologia de origem japonesa, que significa mudar para melhor continuamente.  Depois de um tempo, como consequência dessa disciplina de melhorar tudo que está ao seu redor, você consegue praticar a paciência, a coragem, a generosidade, o otimismo e outras positividades de forma contínua, independente do mundo externo.  Considerando isso, acredito que a prática da continuidade deve ser um processo psicológico superior. Pense nisso!