23/09/2019 20h21 - Atualizado em 23/09/2019 20h37

De maneira geral, quais são os três grandes receios de um indivíduo? Medos de faltar recursos, de ficar para trás e de não ter atenção. Sobre esse último, que tem relação com autoestima, quando exagerado é conhecido como sofrimento da rejeição.Essa dor pode ser imaginada como um despejo em um asilo quando a velhice chegar, indiferença por um ponto de vista e ser tratado como invisível em uma reunião social.

Isso me faz lembrar de situações ocorridas com amigos na cidade de Atlanta, USA, em 1986, que diziam que as mulheres americanas, com poucas exceções,evitavam os brasileiros, pois o preconceito do norte-americano para com o sul-americano, naquela época, era enorme.

Por sua vez, o medo da rejeição é considerado uma prisão mental, pois depender do outro para ser aceito faz com que se perca a liberdade de ter uma vida autônoma, submetendo-se a valores e a pessoas diferentes de sua maneira de pensar.

Recentemente, uma amiga confidenciou que prefere ser atendida por Inteligência Artificial ao invés de ser humano. Segundo ela, “o atendimento de um robô é bem melhor”. Ele é programado para satisfazer o cliente. Já a maioria das pessoas não prioriza a satisfação do próximo. Detalhe: O robô não possui sentimento.

Com a disseminação das mídias sociais e o surgimento do indivíduo “isolado devidamente conectado”, acredito que a atenção ao próximo deverá diminuir sensivelmente.Nesse cenário, será que a atenção cordial se consolidará como um artigo de luxo?

Por outro lado será que tem sentido sentirmos tanta necessidade de atenção, que no fundo trata-se de necessidade de ser amado.   Jesus sugeriu amarmos o próximo, não para buscar ser amado. O sacerdote católico italiano Dom Bosco (1815 – 1888) afirmou que “Deus nos colocou no mundo para os outros”.

Gosto de considerar a visão reducionista da existência de três tipos de pessoas: a chata, a fofoqueira e a evoluída moralmente.

A chata fala o tempo todo dela para você. A fofoqueira fala do outro para você e de você para o outro. E, a evoluída fala de você para você, desde de que haja espaço para isso.Esse perfil evoluído, geralmente é religioso e costuma ser caridoso. Tem o hábito de, antes de falar, sondar o estado emocional do próximo, para com muita cautela e autenticidade se pronunciar.

É sabido que as células do corpo humano se alimentam de campos elétricos e magnéticos emanados através do pensamento e do sentimento. O sentimento de amor provoca uma liberação de energia eletromagnética extremamente intensa. Em outras palavras, o amor é importantíssimo para as saúdes física e mental do ser humano. É nessa linha de raciocínio que se percebe que a cura está nas relações evoluídas.

Visando um mundo melhor, cada vez mais precisaremos de gente evoluída moralmente. Viva a evolução moral.