09/06/2016 16h15 - Atualizado em 09/06/2016 17h35

Correntes de mudanças fluem hoje em todo o mundo,  derrubando paradigmas, eliminando preconceitos, provocando novas verdades e principalmente construindo novos valores.  Quando as mudanças se aceleraram, procurei entender o motivo da alteração de velocidade.  Considerei que as transformações são uma constante e a Natureza tem o seu caminhar próprio e equilibrado. Levantei uma hipótese de que possivelmente se tratava de uma reação, devido à estagnação que várias frentes da Vida tiveram durante a idade média, causada pela inquisição. Passei a perguntar: será que chegará um dia em que as mudanças estarão em velocidade equilibrada? Levei em consideração o fato das ciências humanas afirmarem que são os aspectos sutis da vida, difíceis de identificar e impossíveis de medir, que governam o comportamento coletivo humano.  Apesar de aparentar reducionismo, algumas vezes, simplifico e resumo esse tipo de análise em operações matemáticas, tais como adição, subtração, multiplicação e divisão.  Nessa linha de raciocínio, me perguntei: Há quanto tempo estamos adicionando coisas em nossas vidas? Fomos educados na visão materialista de conquistar ou em outras palavras adicionar. Acrescentar mais informações, mais atividades, mais trabalhos, mais tempo ocupado, mais notícias negativas, mais preocupações com o futuro, mais ansiedade, mais realizações, mais mídias sociais, mais poder, mais compras, mais poluição, e outras, que a globalização propiciou. Em outras palavras, buscar o excesso, de forma desgovernada, sem sustentabilidade. Sim, isso tem a ver com o orgulho e egoísmo enraizados no ser humano involuído. Acredito que pela força da necessidade teremos de sair dessa fase de “adição”. A natureza pede subtrações com suas reações, através de mudanças climáticas radicais, furacões e outros. Por sua vez, a Vida moderna, dessa forma, provoca problemas psicológicos, como estresse, ansiedade, depressão, síndromes e outros. Segundo o pensamento da medicina tradicional oriental, essa forma de viver afeta nos centros vitais – ou chakras-, uma vez que o indivíduo fica fora da zona de equilíbrio, gerando repercussões na saúde. Acredito que a “subtração” será valorizada, nos novos tempos, nos levando à uma simplicidade maior, uma vez que implicará em reduzir tudo que extrapola e não agrega valor. Desaprender, perdoar, praticar o altruísmo, diminuir o tamanho do Estado, reduzir o número de partidos políticos e esvaziar a mente são formas de subtrair.  A renúncia de modelos esgotados nos dá uma sensação de renascimento e liberdade. Pergunte para si mesmo: o que posso retirar da minha vida para viver melhor?