09/06/2016 16h09 - Atualizado em 09/06/2016 17h34

Dar-se um futuro melhor é o anseio de quase todos. Mas, existe um projeto de vida previamente elaborado para cada um de nós? Ao observarmos a história, percebemos vários personagens, cada um com uma missão a cumprir. Fico imaginando se Steve Jobs tivesse nascido em Iacanga, interior de São Paulo.  Será que conseguiria criar a Apple? Nasceu no lugar certo, no momento correto, rodeado de pessoas ideais ao seu projeto. Certa vez, estava na periferia de Salvador, Bahia, perguntei para um indivíduo como fazer para chegar ao centro da cidade. Ele, de forma muito gentil, disse: “Siga o fluxo”. De imediato não entendi, e questionei “seguir o fluxo?”. Ele reforçou: “siga o fluxo de veículos, que você chega lá”. Caminho extremamente complexo e orientação simples. Quando ouço o ator Rodrigo Santoro dizer que não era seu plano fazer sucesso nos Estados Unidos, lembro-me dessa passagem na Bahia. Percebi claramente que ele não atrapalhou o processo que estava possivelmente traçado para acontecer. É lógico que também ocorreu muito esforço por parte dele. Se observarmos o planeta Terra, verificaremos que cada país tem a sua razão de ser, com competências que se complementam, como em qualquer organismo vivo. Os Estados Unidos com suas funções científicas, econômicas e armamentistas. Já a Rússia, por sua vez, é um país  imperialista, expansionista, com seu regime de coação, de ideologia única e abertamente ateu. Olhando isoladamente para cada país dá-se a impressão de um determinado desequilíbrio, mas juntos trazem um equilíbrio imperceptível ao planeta. Nós, seres humanos, sem querer generalizar, sem noção clara de nossas respectivas missões, planejamos determinadas etapas rumo ao futuro, muitas das quais não tem nada a ver conosco, geralmente estimulada pela família e sociedade. Cá entre nós, viver em função do que os outros possam pensar é viver a vida dos outros. Uma vida sem significado. Como conseqüência vem à frustração e a baixa auto-estima.  É o tal de querer ser o que não pode. É muito comum ver artistas e esportistas famosos, com muito capital acumulado, quererem se tornar empresários. É aí que se percebe a ausência de consciência de pontos fracos, bem como a presença de orgulho, no sentido de ter um conceito exagerado de si mesmo, que tira o indivíduo do caminho a ser seguido. Quando temos de usar um ponto fraco nosso para atingir uma meta, gastamos muita energia e tempo além do necessário. Lógico que não é para se conformar com os pontos fracos, mas é necessário conhecê-los e respeitá-los. Considerando que a vida deve ser vivida plenamente, fica aqui uma sugestão: invista no autoconhecimento, para não atrapalhar a inteligência do fluxo da Vida.