29/01/2019 15h16 - Atualizado em 29/01/2019 16h37

Procure observar mais quem são as pessoas que te rodeiam, as companhias mais constantes. Como elas são? São otimistas? São especialistas em buscar defeitos no outro? São preguiçosas? Nossos avós afirmavam com sabedoria: “diga-me com quem tu andas e direi quem tu és”. O escritor americano Jim Rohn endossa a afirmação acima com o seguinte dizer: “nós somos a média das cinco pessoas que mais convivemos”. Em outras palavras, somos influenciados e influenciadores. Nessa linha de raciocínio exemplos é que não faltam. É muito comum nas empresas a chegada de um novo colaborador. Vem cheio de entusiasmo, visando mostrar serviço. Com o tempo o novato se alinha a alguns veteranos, que vivem reclamando da organização por trás. Em questão tempo o principiante está contaminado e desanimado. Na família não é diferente. Uma conversa aqui, outra lá, a influência corre solta. Quando você percebe já está impregnado tanto negativamente quanto positivamente. Nessas possibilidades de influência um dos meus grandes receios é colocar minhas inteligências e competências na direção errada. Em face disso, fico muito atento às sutilezas dos relacionamentos. Tenho o hábito de anotar falas marcantes de pessoas de meu convívio. Principalmente falas que contribuem para meus progressos intelectuais, morais e espirituais. Procuro valorizar pessoa que me faz acreditar que posso ser melhor. Tive excelentes influências, mas tem uma que costumo relembrar com frequência e agradecê-la. Tinha 11 anos de idade e gostava de aprender com meu primo mais velho de 18 anos. Certa vez, em 1967, estava com esse meu primo e seus amigos, quando questionei por que um deles do grupo fazia um esforço enorme para andar. Meu primo fez o seguinte comentário: “ele mora em São Paulo, mas viveu muito tempo em Londres. Lá fez parte do movimento sociocultural Beatniks, que pregava um estilo de vida antimaterialista, no princípio dos anos 60. Em resumo, consumiu muitas drogas pesadas e agora está podre por dentro. Nós estimamos mais dois anos de vida para ele”. Nesse momento, meu primo fez outra observação: “Davison, gosto muito da sua forma de pensar. Jamais consuma drogas, para não alterar a sua forma de pensar”. Foi exatamente essa fala que me protegeu perante as drogas durante a fase universitária, uma vez que ocorriam muitas festas nas conhecidas “repúblicas de estudantes”. A pressão foi grande, mas consegui passar imune. Fica aqui uma dica: experimente conviver com pessoas que não lamentam, agradecidas, disciplinadas, esforçadas, éticas, positivas e você perceberá que a sua vida tomará rumos extraordinários. Tem um provérbio japonês que diz: “Quando você não tiver certeza do caráter de uma pessoa, veja quem são os amigos dela”. Agora, “se você se sentir mal quando estiver sozinho, significa que você está mal acompanhado”.