09/06/2016 17h15 - Atualizado em 09/06/2016 17h40

Passamos boa parte da vida lidando com problemas. O excesso de informação e a velocidade com que ocorrem as mudanças, nos dias atuais, estão provocando transformações na maneira com que o homem moderno resolve os seus problemas.
Como numa escola, os problemas são mecanismos inteligentes da Vida que visam fazer a pessoa evoluir nas suas inteligências. Sem os problemas ficaríamos estacionados.
Como, provavelmente, estamos nos tornando mais inteligentes é natural que os novos problemas sejam mais complexos. Podemos até dizer que estamos sendo promovidos e deveríamos agradecer por isso. Ficaria preocupado se os novos problemas fossem iguais aos velhos  – mal resolvidos no passado – escondidos atrás de novos personagens e cenários.
Mas é muito comum ouvir, hoje em dia, pessoas dizendo “são muitos problemas para resolver”. E por outro lado, de maneira geral, quando ficam sem problemas, estranham e questionam se deve ter algo de errado que não estão percebendo. Quando isso ocorre, aumenta o risco de gerarem problemas imaginários.
Há evidências nesse sentido.  Basta dar uma olhada em alguns vídeos que rolam pelas redes sociais. Uma paranóia. Tem desde avião desaparecido da Malaysia Airlines depois de um contato com alienígenas, como teorias convincentes sobre a possibilidade de golpe militar no país.
Considerando essas linhas de raciocínios, é fácil prever que o número de problemas deverá aumentar. E isso passa a ser um novo problema.
Como resolver essa questão?
Uma alternativa é classificá-los. Problemas classe A: aqueles que apresentam riscos elevados, probabilidades elevadas de ocorrer e conseqüências também elevadas; Classe B: aqueles cujos riscos são medianos, probabilidades medianas de ocorrer e conseqüências medianas; e Classe C: os riscos, as probabilidades e as conseqüências são pequenas.
É lógico que o bom senso deve prevalecer quando ocorrer um dilema que seja um mix dessas classificações.
Buda deixou uma contribuição nesse sentido: “Quem não sabe julgar o que merece crédito e o que merece ser esquecido presta atenção ao que não tem importância e se esquece do essencial”.
Para isso é necessário sermos mais amigos do tempo e pararmos mais vezes ao dia para relaxar e enxergar o melhor caminho. Não é fácil, pois relaxar, nos tempos atuais, tornou-se um privilégio somente de quem prioriza o equilíbrio acima de tudo.  Um time de basquete, durante uma partida, é um exemplo a ser seguido, pois pedem tempo ao juiz, relaxam, enxergam, discutem e refazem a estratégia de jogo, visando à vitória.
Sem sombra de dúvida a Vida está nos propiciando condições para aprendermos a focar somente no essencial e ter muita flexibilidade para fazer novos acordos consigo mesmo. Fora disso, o risco de você estar distante da nova realidade é bem provável.