Estaremos próximos da plenitude dos tempos? Paramos o planeta porque a humanidade estaria em retrocesso?
É necessário um grande impacto de dor a fim de que a humanidade reflita sobre o aumento exagerado de novas necessidades, colocando o dinheiro e o poder acima de tudo? Seria o momento de menos teorias e mais ação, considerando o excesso de informações? Realmente precisamos de novas perguntas para entender o que está ocorrendo, além das causas e efeitos do Coronavírus. O momento histórico é inédito.
Os antigos diziam que “há males que vem para o bem”.
Sem sombra de dúvida, pelo que percebo é sempre assim: surge um aparente grande mal no curto prazo, mas uma condição de um bem maior num espaço de tempo maior, visando um mundo melhor.
Eis aqui alguns resultados positivos que provavelmente virão, após a passagem desse vírus:
- Aumentará a consciência de que perante a Natureza não existem diferenças entre ricos e pobres, empresários e colaboradores, realizados e não realizados pessoalmente;
- Ficará comprovado que muitos religiosos na prática são ateus, considerando a demonstração de faltas de fé e esperança em período de adversidade;
- As pessoas forjarão uma consciência maior da interdependência existente entre todos. Uma contaminação em um canto qualquer do planeta pode interferir no mundo todo;
- A percepção da necessidade de investimento em saneamento nos países de terceiro mundo e em desenvolvimento se ampliará. No Brasil são mais de 34 milhões de pessoas sem agua tratada e 100 milhões não têm acesso ao esgoto. Morrem pelo menos 20 crianças por dia no país, por falta de saneamento básico, segundo dado apresentado no 4º Seminário Nacional de Saneamento Ambiental, em Vitória.
- A população estará um pouco mais disciplinada;
- Mais pessoas aprenderão a ter plano B e se prepararão para novas crises;
- Aumentará também a percepção de que para viver não precisa-se de muito, desde que se abrace a simplicidade;
- Acredito que mais indivíduos aprenderão a colocar suas vidas no focos corretos: Deus, Família, amigos e Vida;
- Aumentará a consciência de que se o dinheiro não é utilizado de forma útil para a comunidade, na crise muda de mãos.
- Ocorrerá a aprendizagem de que o isolamento social exagerado, sem considerar as características regionais de cada país, poderá levar 265 milhões de pobres em todo mundo a morrer de fome, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
- A possibilidade tão esperada de redução de salário do funcionalismo público, tão diferenciado da iniciativa privada, poderá ocorrer;
- Ocorrerá encorajamento de setores da comunidade em utilizar mais plenamente as tecnologias disponíveis, visando redução de custos, bem como de poluição.
Portanto é momento de agradecer todos esses benefícios possíveis e darmos o máximo de nós para contribuir na recuperação da economia e principalmente na ajuda aos mais carentes.