09/06/2016 16h49 - Atualizado em 09/06/2016 17h36

É na adversidade que você conhece quem é quem. Quando tudo está indo bem, é fácil encontrar gente equilibrada e motivada. Se você está em um barco a vela e falta vento, o que pode acontecer?  O acomodado cruza o braço, o reativo de imediato passa a reclamar e mais tarde tende a ajudar, mas lamentando. Já o proativo, que ao entrar no barco procurou saber onde estava o remo, passa a remar imediatamente. Nesses períodos de grandes problemas políticos, econômicos e de ordem moral que o país está vivenciando, é fácil encontrar, de maneira geral, esses três tipos de perfis. Os passivos, que ficam inertes perante o problema, alegando não ver saídas. Abraçam o conformismo e a desistência. Pessoas que procedem assim me faz lembrar da síndrome do sapo fervido, que diz o seguinte: Estudos biológicos provaram que um sapo colocado em um recipiente, com a mesma água de seu habitat, fica passivo durante todo o tempo em que se aquece a água, mesmo atingindo alta temperatura. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura, de forma acomodada, e morre torrado. No entanto, outro sapo, colocado nesse mesmo recipiente já com água fervendo, percebe a ameaça, salta para fora, imediatamente, e sobrevive. O sapo fervido não percebe a constante mudança do ambiente à sua volta e não sobrevive. Por sua vez, os reativos, somente depois de muitas críticas e lamentações, reagem. Desperdiçam energia e tempo, além de contaminarem o ambiente com negatividades. Já os proativos vão pra cima. Buscam oportunidades. Agem antecipadamente, evitando ou resolvendo problemas que ainda não ocorreram. São preventivos e visionários. Consideram com muita propriedade os riscos, as probabilidades e as conseqüências das situações. Desde março de 2013, em mais de um ano antes da última eleição presidencial, independente dos resultados dessa, já era sabido que o dólar subiria seu valor. Pouquíssimos empresários se movimentaram no sentido de buscar a exportação. Os que assim fizeram, de forma proativa, estão, nesse momento de alto índice de desemprego, contratando.  Alguns brasileiros, que residem em Orlando, Estados Unidos, confidenciaram-me, recentemente, que evitam outros brasileiros, por serem negativos e lamentadores em comparação com os americanos. Em outras palavras os americanos são mais proativos. Sem sombra de dúvida, os estágios econômico, científico e moral de um país são diretamente proporcionais ao número de pessoas proativas que nele residem. Cá entre nós, onde você reconhece a existência de determinação, de uma força maior? Somente naquilo que dura e se desenvolve.  Estou para dizer que fora da proatividade não há salvação. E, vou um pouco mais adiante: com o maior respeito, acredito que uma das principais expectativas de Deus para conosco é que sejamos proativos.