09/06/2016 16h04 - Atualizado em 09/06/2016 16h06

Boa parte das pessoas, geralmente, passa parte da vida focada em problemas, sabendo o que deve ser feito e paralisada por não ter força para resolvê-los. Isso tem a ver com o “dê o primeiro passo”.

Certa vez, perante uma mudança profissional significativa de minha vida, um amigo contribuiu muito fazendo a seguinte analogia: “Imagina que você precisa atravessar um riacho, sem se molhar. Dê o primeiro passo e pisa na primeira pedra. Olhe ao redor. Você perceberá que surgirá uma nova paisagem e um novo encorajamento. Pisa na segunda pedra. Quando você vê, já está no meio da travessia. Tanto faz avançar quanto voltar”. Essa fala serviu de impulso para sair de uma prisão mental em que me encontrava.

O Universo percebe quando causamos um movimento inicial ao utilizar a força interna que possuímos.  Esse impulso tem poder. É uma espécie de ignição no sistema energético da Vida.

Tudo na vida é movimento: Observa o coração batendo em nosso corpo, a vibração dos átomos, bem como a rotação do planeta. Destruir uma ponte recém passada, para eliminar a opção de recuar, é  um impulso criativo para avançar, segundo estrategistas militares. Procurar começar pelo mais fácil também não deixa de ser um impulso.

No livro “A luz do Além”, Raymond A. Moody Jr., comenta que em alguns pacientes que sofreram a EQM, Experiência de Quase Morte, o estado de morte clínica durante alguns momentos, após os quais a pessoa retorna à vida do corpo físico, ocorre a Recapitulação, fenômeno que faz com que as ocorrências da vida do paciente sejam recapituladas de uma só vez. O indivíduo sente os efeitos de suas boas ou más ações, como se estivesse no lugar daquelas pessoas que as receberam. Com isso, o paciente tem uma justa avaliação de seus atos. Como conseqüência, as pessoas que passaram por tal experiência, provocaram uma mudança radical em seu comportamento, passando a valorizar mais o amor ao próximo. Indiscutivelmente, esse tipo de experiência é um impulso.

Se for ver bem os mecanismos impulsionadores estão presentes quase em todas situações da vida. Mas, o que leva uma pessoa a não dar um primeiro passo em uma solução?  Antes de qualquer coisa é necessário conhecer e analisar que tipo de força o paralisa? Qual a sua origem? O que fazer para vencê-la? Os tempos atuais, com excesso de distração, exigem que se reserve mais tempo consigo mesmo, no silêncio, em plena vigilância, visando detectar as forças predominantes sobre si. Em alguns casos mais complexos não é fácil estar sozinho. É nessa situação que temos de buscar ajuda. Por que não confidenciar a um amigo. Se não for possível, busque um psicólogo. Se não puder, Bauru e outras cidades brasileiras contam com unidades do CVV (cvv.org.br), que darão apoio. As alternativas estão aí. O importante é buscar dar o primeiro passo, uma vez que se parar, a estagnação toma conta. A cura sempre esteve no movimento.