09/06/2016 16h57 - Atualizado em 09/06/2016 17h37

Visando gerar reflexões, tenho o hábito de fazer perguntas aos meus amigos no whatsApp. A última delas foi: “Por que o saber
demais pode ser um empecilho à mudança?” Surgiram diversos pontos de vista, desde “excesso de conhecimento gera
autoconfiança, que por sua vez estimula determinada acomodação”; bem como “o saber excessivo sobre riscos pode
provocar receio de mudar”. Mas desses aprofundamentos em relação à pergunta, uma resposta que construímos juntos e
apreciei muito foi o fato de estarmos em uma era de superabundância de conteúdos. Devido a isso, concluímos que o
risco de confundirmos saber com fazer aumenta sensivelmente. Isso me fez lembrar de frase escrita na parede da recepção de
uma empresa de um amigo: “Ele não sabia que era impossível a realização da tarefa, foi lá e a realizou”. Em outras palavras:
simplicidade. Pergunto: Será que a vida moderna está nos forçando desprezar a simplicidade e abraçar a complexidade?
Sempre é bom lembrar que uma das consequências da complexidade é a decadência e que o simples é aquilo que se
destaca, no meio do complexo, como essencial e funcional. De qualquer forma, para se imunizar perante tal situação, dos dias
atuais, é necessário reservar espaço de tempo, durante o dia, para voltar ao departamento “eu”, visando observar e refletir,
pois são somente 20%, aproximadamente, das informações que agregam valor. É sabido que o conhecimento vem do mundo
externo, enquanto que a sabedoria vem do íntimo. Também temos de considerar que a Vida, no final, nos avaliará pela obra
realizada e não pela teoria acumulada. Portanto, é aconselhável tomarmos muito cuidado com tudo que nos paralisa. A vida
plena está no movimento.