09/06/2016 17h11 - Atualizado em 09/06/2016 17h39

Você já deve ter lido, principalmente nas mídias sociais, estórias sobre um homem simples, sem estudo e que não lia jornais e revistas, muito menos assistia TV e que montou com sucesso o seu próprio negócio no interior. Investia em publicidade e o negócio não parava de prosperar. Até que recebe a visita de seu filho inteligente, que acabara de concluir um mestrado em administração de empresa na cidade grande. O jovem, ao verificar a gestão administrativa do pai, questionou:
“Pai, o sr. não acompanha os noticiários? A economia está estagnada. Estamos em crise. O sr. vai ter problemas.”
O pai refletiu: “meu filho é estudado e muito bem informado”.
Considerando isso, o homem tira o pé do acelerador na empresa. Reduz gastos com propaganda, reduz sensivelmente as compras e entra em desânimo. As vendas caem e, em um curto espaço de tempo, o negócio entra no vermelho.
E assim, o pai reflete novamente: “Meu filho tinha razão. Estamos vivendo uma grande crise.”
Ainda bem que tem muitos empreendedores que não dão o devido moral às essas crises, apesar de reais. Por que se assim fosse, todos pensando e agindo da mesma forma, o país fecharia as portas.
Sem tirar o pé da realidade, ao invés de encararmos certas situações como crises, prefiro denominá-las de “momentos diferentes”.
É natural termos momentos diferentes, considerando a grande quantidade de variáveis que interferem no mercado.
E com isso vêm os questionamentos: “Qual é a origem de determinadas ondas de negatividades? A expectativa de inflação? Os indicadores de vendas do varejo? Os indicadores da produção industrial? A quem possa interessar a tal de crise?
Agora, cá entre nós, deixar o mercado ditar totalmente o futuro do seu negócio tem certa porcentagem de passividade. E de conformismo.
Independente de PIB reduzidíssimo, sempre tem organizações apresentando crescimento. Gosto muito de um texto de Saint-Exupéry, escritor, ilustrador e piloto francês (1900 – 1944):
“O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando.
O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino.”
Para que têm servido todas essas mudanças grandes e rápidas dos dias atuais?
No mínimo para aprender a criar um novo futuro. Também no mínimo para utilizarmos a riqueza gratuita da criatividade.
Isso tudo me faz lembrar de uma fala do Pelé: “Eu tenho de estar onde a bola vai estar”.
Levando para a vida empresarial: “Procure sempre estar onde a solução vai estar. Procure estar onde o dinheiro vai estar.”
Jamais existirá uma vida livre de problemas. Não é a existência de problemas, mas a maneira pela qual lidamos com eles que determinará o resultado.