09/06/2016 16h59 - Atualizado em 09/06/2016 17h37

Gandhi, pacifista indiano, dizia: “Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras; mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se atitudes; mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos; mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores; mantenha seus valores positivos, porque seus valores tornam-se seu destino.”Por sua vez, Buda, filósofo e líder espiritual no Himalaia, afirmava: “A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que você acredita, torna-se realidade”. Considerando estas sábias afirmações sobre o poder da energia mental que possuímos, não é muito arriscado permitir que uma criança brinque com games violentos, enquadrados como jogos de diversão? Um desses jogos mostra um protagonista dirigindo um veículo, em uma bonita cidade americana, com um fundo musical estimulante, onde vence o jogador – no caso a criança – que atropelar maior número de pessoas.
É comum ouvir de uma criança, se divertindo com um desses jogos, dizer com entusiasmo “eu matei mais do que você”. O mundo acadêmico, até o prezado momento, não comprovou cientificamente se os games realmente estimulam a violência.  Não sei dizer se o poder econômico tem inibido os resultados de pesquisas nessa área.  Mesmo que não faça mal, qual seria o propósito de colocar uma criança perante tais cenas sofisticadas de violência? Qual é o ganho?  Vale à pena correr risco de algo que não sabemos ainda as conseqüências?   De qualquer forma não podemos subestimar a absorção da consciência, em formação, de uma criança dos dias atuais.  Sou de uma época em que os pais tinham mais tempo para cuidar dos filhos. As diversões eram simples.  Não estou aqui querendo dizer que naquela época era melhor. Não!
O mundo melhorou muito, mas indiscutivelmente surgiram novas ameaças inteligentes. Hoje, sem querer generalizar, pais, cada vez mais com necessidades perecíveis, são obrigados a correrem de forma insana atrás do trabalho excessivo e, com isso, os filhos são colocados em segundo plano. Não sobra tempo para uma atenção maior. Sempre é bom lembrar que “o que é certo não tem pressa” (Bert Hellinger). Ingênuos ou descuidados, estão propensos a criarem herdeiros ao invés de filhos. É certo que as mudanças da realidade estão aí, mas temos de garantir que diversão infantil não gere ódio, raiva, tristeza, agressividade e outras negatividades.  Não podemos deixar de recordar que, segundo a física quântica, a missão da consciência é materializar, é realizar, bem como a missão principal de um pai é garantir os desenvolvimentos intelectual, moral e espiritual dos filhos. E isso não se pode perder jamais na vida moderninha.