09/06/2016 16h52 - Atualizado em 09/06/2016 17h36

Na Índia existem duas populações distintas, os Dalitis e os superiores Bhrahmins. Os Dalitis são discriminados e considerados inválidos. Com isso são conduzidos à pobreza extrema. Já os Bhrahmins são considerados homens sagrados e pertencem à casta superior dos hindus. Os Dalitis são condenados aos trabalhos mais degradantes.
Interessante é que a constituição indiana proíbe qualquer tipo de discriminação.
Como em muitos países, a constituição proíbe a discriminação, mas esta continua a existir, geralmente de forma sutil, pois as pessoas, de maneira geral, não aceitam as diferenças. Falta ainda a consciência de que as diferenças não são defeitos.
Na África do Sul, de 1948 a 1994, vigorou o sistema político Apartheid (no idioma africânder significa separação), que exigia a segregação racial. Comandado pela minoria branca, esse sistema negava direitos políticos, sociais e econômicos aos negros, mestiços e indianos que ali residiam. Mas graças à liderança positiva de Nelson Mandela, que envolveu um ato nobre de perdão da sua parte, esse sistema foi eliminado.
Esta é realidade do nosso mundo. Temos, hoje em dia, grandes progressos na área intelectual, mas as discriminações ainda rondam boa parte da mentalidade da humanidade. Sem sombra de dúvida, a evolução moral caminha a passos lentos.
Temos de ter consciência que os pecados do egoísmo, orgulho, inveja, ciúmes, ganância e cobiça levam o ser humano a desunião.
Por sua vez, as virtudes do altruísmo, humildade, respeito, paciência, tolerância, justiça, compreensão e perdão conduzem a união.
Quando os pecados se tornam maiores que as virtudes, corre-se o risco da comunidade se autodestruir. Um discernimento que utilizo para analisar uma empresa, uma família, uma sociedade e qualquer outro tipo de instituição, é considerar que o bem une e a ausência do bem desune.
Nessa linha de raciocínio, quando um líder político do Brasil taxa determinada classe do país de “elite branca” , está gerando ou não uma separação? Agindo no bem ou no mal?  Somos todos brasileiros, cada qual com a sua vocação, um dependente do outro. Ao morrer não levamos daqui as riquezas materiais. E o que é mais importante: quem mais tem recursos, será bem mais cobrado pelo bem que deixou de fazer.
Deixo aqui uma pergunta: por que pouquíssimas pessoas do bem entram em política?
Que Deus abençoe o Brasil.