15/05/2018 09h44 - Atualizado em 15/05/2018 09h44

Em 1972, quando cursava Eletrônica, no Colégio Técnico Industrial de Bauru, um professor me chamou muita atenção ao explanar sobre o efeito da menor partícula da luz, o fóton, em determinados materiais, provocando uma avalanche de íons (átomos que perderam ou ganharam elétrons em razão de reações químicas). Eu traduzi como um poder da luz em romper estrutura rígida de ligações entre íons. O professor continuou: “Essa corrente de cargas elétricas ao passar por uma bobina elétrica é o suficiente para abrir um relé (chave) e consequentemente interromper circuitos elétricos de iluminação de uma cidade.” Baseado nesse princípio é que foi criado o relé fotoelétrico, provocando a eliminação da função de ligadores e desligadores de iluminação pública das prefeituras das cidades. Foi esse efeito da luz que me fez apaixonar pela disciplina da física. Foi quando me questionei: se a luz provoca isso em determinados materiais, o que o ser humano pode provocar com o seu pensamento? Sabemos que o cérebro humano, transmissor de pensamento, com seus 90 bilhões de neurônios, é a estrutura mais complexa do conhecimento, mas não conhecemos, ainda, todas as suas possibilidades. Em uma das passagens de Jesus, ele enfatizou: ”São os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem maus, o teu corpo ficará em trevas”. Uma das interpretações deste texto é que dependendo da sua visão, baseada em seus estágios intelectual e moral, perante uma situação, você pode gerar pensamentos bons ou não. Ao emitir pensamento nobre, focado no bem, gera-se energia mental similar à energia de uma luz, uma vez que o pensamento também é uma onda eletromagnética. O pensamento, nessas condições, segundo a ciência moderna, provoca imunização no seu corpo físico, sensação de paz e aumenta o estado de consciência da pessoa, que consequentemente provoca maior percepção da realidade da vida. E aqui reside algo importante, uma vez que temos dificuldade em discernir a realidade em razão de excesso de racionalidade e menos sentimentos da nossa parte nas análises do dia a dia. Também se tem de considerar que os nossos valores na sua maioria, geralmente, foram adquiridos de forma teórica, sem vivência, contribuindo para que a nossa mentalidade esteja repleta de preconceitos e julgamentos, distorcendo a nossa percepção da realidade. Ao conseguir esse estado de espírito de luz, fica claro que aumenta o seu discernimento e com isso aumenta a possibilidade de eliminar as travas do seu mundo íntimo, tais como problemas imaginários, receios exagerados e crenças equivocadas, que geram paralisia. Nós somos filhos de Deus e temos o poder de ultrapassar limites. Quando o indivíduo emite luz, as fronteiras desaparecem. É assim que grandes homens saíram da passividade e passaram a serem criadores de futuro.