08/02/2017 08h45 - Atualizado em 08/02/2017 08h46

As religiões falharam?  O que foi realizado em favor do bem em mais de 2000 anos?  Lógico que alguns progressos morais ocorreram, mas foram suficientes? A realidade está aí, estampada na imprensa: Fraude, corrupção, violência primitiva, conflito religioso, injustiça, desigualdade, e etc. Sim, existem vários fatores que contribuem para essas negatividades, mas, pelo visto, as religiões não conseguiram sensibilizar a comunidade plenamente para o bem, como se esperava. As religiões sempre estudaram e souberam as causas dos males. Têm conhecimento que dinheiro e poder cegam as pessoas.  Enceguecidas de orgulho e egoísmo, de maneira geral, as numerosas religiões, lutam entre si, tendo-se como exclusivas donas da verdade, aprofundam o abismo que as separam em vez de construir ponte que as unam. È mais do que sabido que o bem nunca esteve presente no separatismo. Além disso, geralmente, interesses econômicos e políticos as tiram do foco de cumprir a missão de instituir o bem. Será que precisaremos de mais 2000 anos para ter o bem predominando na Terra? Mas, como no processo evolutivo a mente humana sempre procura alternativas para os seus problemas, as soluções sempre  aparecem. Quem diria? A saída, que vejo com muito otimismo, está nas novas tecnologias. Em outras palavras, na ciência. A tecnologia se tornou a grande aliada do Bem. Softwares sofisticados e redes sociais estão deixando o mundo muito transparente. São câmeras e dados por todos os lados. Estereótipos racistas em falas, discriminações, mau atendimento em pronto-socorro, são postados imediatamente nas redes sociais. Recentemente, o prefeito de São Paulo Dória pediu para os moradores filmarem, fotografarem e denunciarem pichadores, visando aplicar o rigor da lei. Em uma visão futurista, chego acreditar que teremos aparelhinhos eletrônicos que detectarão as emoções das pessoas. Tecnologia para isso já existe.  É um mundo novo. O mundo das aparências está desabando. Está muito próximo do momento em que o mal não terá espaço algum para se esconder. Com isso se tornará possível e fácil à sociedade diagnosticar seus erros, controlá-los e procurar desenvolver a virtude correta.  Quando isso ocorrer, os indivíduos conseguirão praticar continuamente o pensar, o sentir, o falar e o agir no bem. E, consequentemente, o mundo terá mais paz, saúde,  caridade, amor e felicidade. Nessa linha de raciocínio, não tenho dúvida que estamos, aqui no Brasil, caminhando para uma imprensa mais independente, legislativo moralizado e executivo eficiente. É questão de tempo. A tecnologia pressupõe democracia consistente. A verdade é lúcida. A verdade é sempre benéfica. Fica aqui uma fala do filósofo Sócrates: “Existe apenas um bem, o saber, e um mal, a ignorância”.